Colaboradores

sexta-feira, 27 de julho de 2012

SALVADOR - UMA DAS PIORES METRÓPOLES PARA SE VIVER

Acho que muita gente já leu essa reportagem que vou postar aqui, tirada na íntegra daqui: www.revistavidabrasil.com.br., que fala exatamente o que está dito no título desta postagem - Salvador, juntamente com Maceió, é uma das piores capitais brasileiras para se viver.  Eu, pessoalmente, tinha escutado uma matéria na rádio que dizia exatamente o que está escrito nas linha abaixos.  Ou seja: a qualidade de vida piorou sim, e muito, para os baianos.  Como se trata de uma pesquisa de percepção, e não está diretamente embasada em índices (saúde, violência, trânsito...), me dá uma certa tristeza tranquilidade saber que a insatisfação não é só minha: os baianos, mais especificamente os soteropolitanos estão, sim, se queixando da vida que levam.  Mas, tristeza maior é não encontrar eco no poder público.  Prefeito, cadê você??

Quem tiver tempo (e interesse) vale a pena dar uma lida na matéria.  E, se chegar até o final, entenderá com perfeição o que nos leva a querer viver no Canadá, o quarto país mais seguro do mundo para se viver!!


"Nossa pesquisa foi feita em conjunto com outros quatro países – Portugal, Espanha, Bélgica e Itália. O objetivo foi comparar a qualidade de vida em diferentes capitais, da forma como o assunto é percebido por seus habitantes. Enviamos por e-mail um questionário para brasileiros de ambos os sexos, com idades entre 18 e 74 anos. Obtivemos, ao todo, 2.202 respostas. A maior parcela dos participantes é composta por homens, com idades entre 35 e 54 anos, casados, com alto índice de escolaridade.

As entrevistas para a pesquisa foram realizadas entre setembro e novembro de 2011, com pessoas de classe média. Salvador,( foto de abertura) uma das mais belas cidades ficou entre as com pior qualidade de vida. Curitiba e Vitória( foto) são as melhores!  
Curitiba  está entre as melhores capitais para se viver.
             
A forma como uma pessoa percebe a cidade onde habita é fundamental para determinar se o local oferece – ou não – qualidade de vida. Essa é a conclusão do nosso estudo mais recente sobre o assunto, realizado entre brasileiros de ambos os sexos, residentes em 21 capitais. Os resultados da pesquisa mostram que emprego, segurança, habitação, educação, saúde e mobilidade estão entre os aspectos que mais influenciam a qualidade de vida em uma cidade, de acordo com os participantes. 
                                                              
Com exceção de Natal, grande parte dos moradores das outras 20 capitais brasileiras demonstrou vontade de viver em uma cidade menor ou, até mesmo, em uma região rural. Isso demonstra que, para muita gente, a vida no campo pode significar uma possibilidade de fuga do estresse – e, consequentemente, de aumento da qualidade de vida, já que em uma cidade menor, em tese, há mais facilidade nos deslocamentos e menos violência, por exemplo.

Somente em duas capitais do nosso estudo, a maioria dos entrevistados relatou não possuir casa própria. Entretanto, para os moradores de apenas sete capitais (sendo quatro da região Nordeste), a habitação representa o aspecto que mais influencia positivamente na qualidade de vida. Ainda em relação à habitação, os participantes da pesquisa avaliaram oito características. Entre elas, o número de quartos e a temperatura no verão são as que menos agradam. Por outro lado, os fatores que mais satisfazem os entrevistados são tamanho da residência e iluminação natural.
“Eles também se queixaram da dificuldade de circular com seus veículos e, ainda, de encontrar uma vaga de estacionamento – até nos fins de semana a tarefa é difícil em Brasília, Salvador e São Luís.”
Quanto aos problemas que os entrevistados percebem em sua vizinhança, os quesitos barulho, segurança nas ruas e vandalismo obtiveram as menores médias e chamaram a atenção dos entrevistados. Para os participantes da pesquisa, as melhores capitais no quesito habitação são Vitória, Aracaju, Goiânia, Florianópolis, Natal e Campo Grande.
 
Os aspectos relacionados à saúde, na opinião dos entrevistados, são os que mais influenciam -negativamente – a qualidade de vida em nove capitais. Em 11 capitais, mais da metade dos entrevistados afirmou que, apesar de ter necessidade de ir a um médico, não vai. E o principal motivo é a demora no atendimento, sobretudo para 83% dos entrevistados de Aracaju. Para os moradores de Brasília, a dificuldade de transporte até os locais de atendimento também é um fator agravante.
                                                                   

Embora os entrevistados tenham facilidade para encontrar um clínico geral e fazer os exames, a qualidade dos hospitais públicos deixa a desejar. De modo geral, a satisfação dos entrevistados com a qualidade dos serviços de saúde em suas cidades é baixa. As três capitais com melhor pontuação – Vitória (66), Curitiba (60) e Recife (59) – alcançaram notas consideradas baixas.
Os aspectos relacionados à educação são mais animadores. Todos os entrevistados de  Goiânia e Campo Grande afirmaram que os filhos tiveram a oportunidade de estudar o que desejavam em sua própria cidade. E as outras cidades, exceto Vitória, conseguiram índices acima de 70%, com destaque para Cuiabá (95%), João Pessoa (97%) e Fortaleza (99%). Na avaliação geral, São Luís (com nota 45) e Maceió (com nota 39) obtiveram as piores avaliações.  

A mobilidade foi um dos aspectos mais criticados pelos participantes do nosso estudo, e apenas Curitiba, Vitória e Campo Grande obtiveram notas aceitáveis – embora baixas. Quando os entrevistados foram questionados sobre a satisfação quanto aos horários, apenas sete capitais (um terço das cidades analisadas) conseguiram média acima de 5 nesse quesito. Esse número cai para cinco capitais quando o assunto é a frequência. Em relação à segurança dos transportes, apenas Florianópolis conseguiu alcançar  média 5. Quanto ao preço, Fortaleza e Vitória são as cidades que apresentam as tarifas mais baixas. E quando o assunto foi conforto, todas elas foram criticadas por seus habitantes. A dificuldade de circulação foi muito criticada, já que os entrevistados reclamaram da falta de calçadas. Eles também se queixaram da dificuldade de circular com seus veículos e, ainda, de encontrar uma vaga de estacionamento – até nos fins de semana a tarefa é difícil em Brasília, Salvador e São Luís.

Os entrevistados de Belém, Belo Horizonte, João Pessoa, Manaus e Porto Alegre fizeram com que essas cidades apresentassem um percentual maior de pessoas que se consideram desempregadas (sem emprego fixo). Natal e Aracaju são as cidades que concentram o maior número de pessoas profissionalmente ativas. E Maceió e Florianópolis, o maior número de aposentados. De modo geral, os participantes das 21 capitais relataram gastar muito tempo no deslocamento de suas casas para os locais de trabalho e, também, grande dificuldade para encontrar um emprego. Em cinco capitais (Cuiabá, Recife, Belém, Salvador e Maceió), a segurança é motivo de preocupação. Para esses entrevistados, a violência se faz cada vez mais presente, principalmente na forma de assaltos, homicídios, tráfico e uso de drogas, interferindo de forma negativa na qualidade de vida."
    

A EVOLUÇÃO DE SEIS CAPITAIS
Veja no mapa a evolução da qualidade de vida de seis capitais nos últimos cinco anos, de acordo com a avaliação de seus habitantes:
MANAUS, CAMPO GRANDE, SALVADOR, RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO E CURITIBA.      


                                                     Piorou muito

                                                     Permaneceu a mesma
                                                     Melhorou muito
            

sábado, 21 de julho de 2012

Exames Médicos


Resolvi atender aos apelos de Ju e “dar as caras” pelo blog! Há muito tempo que ela me pede que escreva um post, na verdade desde que o blog entrou no ar. Mas sabe como é... a gente vai deixando para depois, para quando tiver mais tempo, só que nunca temos mais tempo, então...

Bom... vou deixar de conversa fiada e vamos logo ao assunto deste post. Os exames médicos. Como vocês já sabem, semana passada recebemos a solicitação para realização dos exames. Recebemos também uma solicitação para atualização de alguns documentos enviados quando demos entrada no processo (comprovação de fundos, as certidões minha e de Ju da Justiça Federal, Polícia Federal e Polícia Civil da Bahia e o formulário IMM-5669 atualizado) e a solicitação de envio de nossos passaportes. A documentação já foi quase toda providenciada e devemos enviar até quarta-feira da semana que vem.

Na segunda-feira passada, dia 16, liguei e marquei para sexta-feira, dia 20, as 16:00h para toda a família. Nos solicitaram que levássemos os relatórios que recebemos do consulado, 6 fotos 3 x 4 (só usaram duas) e documento de identificação de cada membro da família. Após ser atendido pela assistente e de efetuar o pagamento que poderia ser feito em dinheiro, cheque ou cartão e que custou R$ 800 (R$ 200 por pessoa) não demorou para eu ser atendido pelo médico. Muito simpático e atencioso, foi explicando todos os detalhes desta etapa com muita calma e detalhe. Ele preencheu os relatórios de toda a família somente comigo na sala, colou as fotos em outros que seriam entregues aos técnicos que iriam realizar os exames complementares e salientou que isto é necessário para que possamos ser identificados pela foto e só então começou a realizar minha avaliação clínica. Coisa simples, examina abdômen, pescoço, escuta coração e pulmão, faz aquelas perguntas que já nos fizeram em outras situações tipo: “Já fez cirurgia? Tem problema disto? Tem problema daquilo? Fuma? Etc...” tira o peso e altura.  Além disto, ele solicitou para mim e para Juliana o Raio X, sumário de urina, e exame de sangue para sífilis e HIV. Théo – que tem 6 anos – somente o sumário de urina e para Tom, com dois anos, nada.

Sai da sala para que Ju fosse examinada depois voltei com Théo. Assim que o médico terminou de examiná-lo fomos para outro andar para darmos entrada na requisição do Raio X. Enquanto isso, Ju ficou com Tom na sala do médico para que nosso pequeno fosse avaliado. Novamente tive que “coçar o bolso” já que meu plano de saúde não era aceito no centro médico onde fomos atendidos e, claro, os exames só poderiam ser realizados lá. O custo para mim e para Ju foi em torno de R$ 165 cada, já o custo com o exame de Théo foi de apenas R$ 13,00. O pior é que para fazermos os exames laboratoriais tivemos que sair do centro médico e ir para a emergência onde a espera foi muito grande. Mas, enfim, fizemos os exames e fomos para casa depois de quase quatro horas.

Recebi o contato de uma pessoa no centro médico que devo procurar para receber os dados bancários da transportadora que irá remeter nossos exames para Ottawa. O preço é de R$ 180 por pessoa, mas quando é mais de uma pessoa – o nosso caso – é preciso fazer um orçamento para averiguar o custo exato. Claro que já passei um e-mail para ela e estou apenas aguardando o retorno para efetuar o depósito.

Nesta semana, contando com o a taxa do visto de R$ 950 por adulto que teve que ser depositada na boca do caixa na conta do Consulado Canadense, gastamos aproximadamente R$ 3.050 com o processo. Nunca fiquei tão feliz em gastar dinheiro, rs...

Meu próximo post será sobre o HSBC.

Até lá.

Marcondes.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

NÓS E CALGARY - VIVENCIANDO UM INÍCIO DE NAMORO


Gente,

Estou como uma adolescente em um namoro recente.  Não canso de realçar as qualidade do meu namorado de Calgary, vivendo, neste momento, exatamente a fase em que  simplesmente não encontro defeitos na outra parte.  Claro que (sei exatamente disso), com o passar do tempo, com a ‘convivência’, o sentimento de paixão tende a esmorecer.  Espero, porém, que essa paixão vire amor!

E, condizente com a minha condição atual, estou em um momento de busca para conhecer mais a cidade amada.  Como os posts podem servir não apenas para me orientar em um  futuro breve, mas também poderá servir como fonte de informação para outras pessoas ou famílias imigrantes, estou registrando tudo por aqui. E, para isso, fiz uma tradução livre dos trechos que considerei mais importantes de uma matéria publicada no Calgary Harold, transcrita pela dupla do www.supernaturalcanada.blogspot.com.  Vale a pena dar uma olhadinha lá, pois o blog é cheio de informações importantes acerca do processo, desde o comecinho.  Diante da matéria publicada em março deste ano, dá pra ver porque este casal também escolheu Calgary como destino dos sonhos, né?

Lá vai:

A matéria do jornal tem como chamada o fato de que está previsto que Calgary  lidere o crescimento econômico do país entre 2013-2016, crescendo na média de 4,1% ao ano.

A reportagem previu para Saskatoon a liderança no ranking de crescimento do ano de 2012, com crescimento real de 3,6%, seguida por Calgary, com 3,5% e Edmonton com 3,2%.  Segundo informações do Conselho, em 2011 foi a vez de Regina liderar todas as áreas de crescimento econômico,com 6,1%, seguida por Saskatoon (4,8%), Edmonton (4,4%), Vancouver e Calgary (ambos com 3,1%).

“Em 2012, é esperado que as atividades gerais, em Calgary, cresçam mais uma vez, graças à força dos setores de serviços administrativos e bens de consumo”, disse o Conselho.
"Além do mais, outro ano sólido é esperado para o setor de comércio varejista e vendas em geral”.  Tendo uma expectativa positiva, a perspectiva de trabalho em Calgary irá crescer a partir de 2011.

Os analistas afirmaram, também, que a quantidade de ofertas de empregos irá crescer mais 3,1% este ano, o que, traduzido em números, significa 22.000 novos postos de trabalho na região de Calgary.

Com a perspectiva do preço da energia permanecer relativamente alta nos próximos anos, o crescimento econômico de Calgary irá alcançar 4,4% em 2013, enquanto a media nacional ficará em torno de 4% entre 2014 e 2016.
 
Ben Brunnen,economista chefe na Câmara de Comércio de Calgary, disse que as previsões do Conselho sobre Calgary são consistentes, tendo, ele mesmo, percebidos alguns desses indicadores na cidade.

“O  tamanho dos investimentos surgidos a partir dos setores de energia e construção civil estão, de fato, se refletindo fortemente na configuração da cidade, a exemplo da expansão dos aeroportos, fala Brunnen.

Sob a perspective da atividade econômica, há muito acontecendo na cidade.  A província de Alberta vem crescendo em ritmo acelerado.  Em 2013, o que se espera, é que este forte crescimento seja também vivenciado pela cidade de Calgary, uma vez que mais investimento significa mais emprego, e mais emprego significa mais pessoas em busca da cidade.
 
Com a perspectiva de crescimento no valor de dez bilhões de dólares, a indústria da construção em Alberta estará fortemente aquecida em 2012, conclui o relatório.  Os investimentos em energia também irão elevar o crescimento para além da previsão.  Enquanto isso, a extração de combustível e os serviços relacionados à indústria petrolífera irão rapidamente se expandir, definindo-se, este setor, como um possível mercado de trabalho em expansão.

E aí? So far so good?

PS: hoje é dia da nossa consulta médica.  Nos desejem sorte, viu??

quarta-feira, 18 de julho de 2012

E AGORA, COM VOCÊS, CALGARY!!!




Este post aqui é para falar um pouquinho sobre nossa futura moradia, Calgary Cidade que, embora não conheça, só pela possibilidade de nos acolher (e bem, como contam os amigos brasileiros que lá estão), já amo. 

Com cerca de 1,3 milhões de habitantes, Calgary é terceira maior cidade do Canadá, a mais populosa cidade da província de Alberta (que tem Edmonton como capital) e a quinta maior região metropolitana do país.  Encontra-se há cerca de 80 quilômetros das Montanhas Rochosas (Banff, Lake Louise..), região de lindas paisagens dignas de cartão postal.  Situada em uma rica província, é atualmente um grande centre financeiro e comercial, sede das principais empresas petrolíferas do Canadá, responsáveis, em grande parte, pela grande oferta de emprego, oferta esta que tem favorecido o grande fluxo de imigrantes e crescimento populacional.




Sendo a província mais rica do Canadá, (em grande parte por causa das indústrias já citadas), é a única província canadense que não cobra de seus habitantes e visitantes o imposto local sobre vendas e serviços, equivalente ao ICMS brasileiro. Este imposto varia entre 7% e 11% e, pensar em adquirir bens mais baratos é, de fato, um grande incentivo para pensá-la como meu novo lar. 

Segundo a Brazilian Community Association of Alberta (www.bcaab.org), esta provincial passa por uma fase de desenvolvimento econômico, o que está gerando uma necessidade de mão de obra em diversos setores.  E, por conta disso, a procura por trabalhadores qualificados é grande.  Embora não tenha visto (ainda) qualquer psicólogo brasileiro que se inseriu na sua profissão de origem no Canadá (na verdade, não vi ninguém de psicologia que migrou. Help, please!!), imagino que, dada a escassez de profissionais no mercado, o tão sonhado primeiro emprego, a canadian experience, não demore taaanto assim para chegar!

Não vou mentir pra vocês.  Um outro ponto que pesou, e MUCHO, para a escolha da cidade, além da facilidade de emprego, foi o ranking das médias salariais pagas em diversas cidades do Canadá, que vi, dentre outros lugares, neste blog aqui: www.supernaturalcanada.blogspot.com.  Dentre as seis cidades maiores cidades do Canadá, Calgary ganha no fator salário médio familiar, dá uma checada:

1* Calgary - $127,821
2* Edmonton - $93,872
3* Ottawa - $91,005
4* Toronto - $89,151
5* Vancouver - $84,052
6* Montreal - $60,703

É ou não um fator a ser levado em conta??

Como se não bastasse, por ser uma província super avitária, não há tampouco cobrança de qualquer taxa para aderir ao seu sistema de saúde.  Ou seja, este é, sim, um sistema de saúde gratuito, universal, integral, na fiel acepção da palavra.  Alô SUS, veja só isso!! Qualquer semelhança, gente, é mera coincidência, viu?? (ai, ai...).  Assim sendo, para um imigrante recém chegado, e sem qualquer outra renda, como é o caso da imensa maioria de nós, este é, sim, um grande diferencial.

Como não conheço, ainda, a cidade, minhas impressões sobre a mesma são uma coletânia de tudo que vejo, ouço e procuro saber, né?  E, ao que parece, embora não tenha uma vida agitada como a de Toronto e Vancouver, Calgary possui também bons bares e restaurantes.  Tem, porém, um estilo de vida calmo e agradável o que, para nós, família com duas crianças, é essencial!  Dentre outras qualidades, foi considerada a cidade mais limpa do mundo em 2010!! (fonte aqui:  www.dicasdocanada.blogspot.com.br)
 
Outro ponto positivo, principalmente para a baiana que vos tecla, é que na região de Alberta faz muito sol.  Assim, mesmo sofrendo com invernos rigorosos, com dias bem frios, não se sofre com dias cinzentos o que, para mim, é fundamental.  Afinal, vivo com um inverno de 27 graus, né?  E como também já escutei falar de brasileiros no Canadá sofrendo com a ausência de sol, também conhecida como depressão de inverno...melhor prevenir, né?
Um outro ponto importante para ser mencionado é que, por estar preparada para lidar com rigorosos invernos, assim como Toronto, o efeito físico e psicológico nos pobres seres tropicais daqui é infinitamente menor.  Calgary conta com passarelas suspensas (www.calgaryplus15.com)  que interligam os  principais prédios do centro da cidade.  Escutei, inclusive, alguns brasileiros falarem que se sofre mais com o inverno paulistano do que com o inverno de Calgary.  Será? É ver para crer!!
Claro que nem tudo são flores.  Tenho medo, bastante medo, do frio.  Se, dizem, Toronto é frio pacas (e Calgary é mais fria que Toronto), o que nos aguarda?? O inverno dura seis meses, tendo, inclusive, uma semana de temperatura inferior a – 40 C.  Só mesmo abraços calorosos da família para aplacar a saudade do Brasil nesses momentos difíceis!

Mas, como se fala por essa blogosfera, imigrar não é qualquer um.  E, definitivamente, não sou qualquer uma!!

Beijos calorosos a todos!

terça-feira, 17 de julho de 2012

TUDO AO MESMO TEMPO AGORA

Desde sexta-feira estou em uma ansiedade que só.  Tentei passar o fim de semana tranquila.  Curti bem os meninos, fiquei saudosa, fiquei nostálgica, fiquei contando os dias para meus pais voltarem de Portugal (droga, por quê ainda ficarão quase um mês em Sâo Paulo??), mas a verdade é que não consigo pensar em outra coisa.  Ontem conseguimos marcar os exames médicos e para o final da semana e, por conta disso, conto os dias e as horas até próxima sexta-feira.  Ainda bem que existem outras pessoas no mesmo barco que a gente, dividindo emoções e ansiedade.  Ler blog de brazucas imigrantes funciona para acalmar os ânimos (e nos dar certeza de que não somos loucos, não somos os únicos).

Com a ajuda de uma amiga de infância queridíssima e expatriada (na Eslovênia), encontrei grupos virtuais de expatriados de Calgary, cidade que ainda não conheço mas já amo como se minha fosse, quase como se ama um filho em gestação (ops, não tanto, né?? enfim...)

Então, fica a dica: se você é um imigrante ou tentante, vale a pena ir se inserindo nesses grupos, vale a pena ler muito (e sempre um pouco mais) sobre o país e a cidade de destino.  Meu lema é: quanto mais conhecemos, mais nos preparamos para o futuro, e, consequentemente, menor as expectativas irreais.  O real e o imaginário se aproximam e, assim, a adaptação tem tudo pra dar certo, né?

Então, pessoas, guardem um tempinho para navegar por aqui: www.expatarrivals.com  e   aqui www.expat-blog.com

O fundamental não é tanto as informações sobre a cidade escolhida pois, imagino, antes de elegê-la como lar, qualquer pessoa sensata já leu o suficiente sobre a mesma a ponto de se sentir a própria personagem de filme americano, né? Mas, isso sim, criar rede de apoio, ver um pouco da vida real das pessoas reais e, porque não, criar um network de possíveis amigos/conhecidos.

E, enquanto vamos vivendo a espera, vamos sonhando com o Calgary zoo, as paisagens dignas de quebra-cabeça, a Stampede e a neve linda e branca na minha árvore de natal!  Mas enquanto este dia não chega, sonhamos.  Afinal, é prático, barato e saudável!!!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

MUDANÇA DE PLANOS

Estava eu, sexta-feira de noite, fazendo o caminho do 34 andar do prédio em que trabalho até o carro, que fica em um centro empresarial ao lado.  Olhei para a rua, pensei na vida. E os pensamentos giravam em torno do fato de já termos virado o segundo semestre sem qualquer notícia do hemisfério norte.  Ou seja, estamos mais perto do final do ano, o que significa que, de agora em diante, o tempo voa até o dia em que, olhando mais uma vez em volta, ouvindo o sininho dos muitos papais noel que decoram os shoppings me daria conta de que, sim, o ano acabou! Já é natal.  E, mais uma vez, me veio uma espécie de melancolia, insegurança, sei lá.   Claro que sabia que agora era só uma questão de tempo, que a resposta do Canadá estaria chegando.  Pensando racionalmente, sei que o pior momento é a espera da análise da documentação, é o deferimento do pedido.  E isso já tinhamos passado.  Agora, pensava eu, não tem como dar errado.

Mas, sei lá, né? Vai que meu processo está parado em uma pilha interminável de outras famílias e outros pedidos. Vai que colocaram o meu no fim da fila. Vai que, como costuma acontecer em repartições públicas brasileiras, deram sumiço no meu processo...

E, mais uma vez, pensava no meu fim de semana.  Olhando a rua suja, uma senhora bem velhinha pedindo dinheiro com as mãos trêmulas em quem, na tentativa de me proteger desta dura realidade, teimava não fixar meus olhos, tomava o caminho de casa.  E, falando com o maridão ao celular, vejo a animação de sua voz: sua irmã vai ficar com os meninos, vamos sair hoje à noite!!! Como? Por quê?  Não sabia se me animava (afinal, era sexta de noite, né?) ou se tentava dissuadí-lo da idéia (estava tãaoo cansada...) .  Mas o fato é que, com as mãos no volante, fechando os olhos e respirando fundo nos semáforos fechados, tento, com todas as forças, não pensar no processo do Canadá.  Não queria acreditar que era ele.  Tinha medo da frustração acaso não fosse...

Tcharam!!!!!!!!!!

Com direito a choro e respiração aliviada, ela chegou!!!
Que bom meu Deus, graças a Deus, meu amor, merecemos, ufa, ainda bem...
Agora, gente, tá mais perto do que nunca! Agora, no momento em que ia me tornar oficialmente uma homeless, já que os donos da casa, meus pais, estão chegando para retomar o posto, o processo federal resolveu dar o ar da graça!

Não precisa dizer como ficamos, né? E que passamos a noite inteira falando disso, entre beijinhos e abraços, e que, agora, concretamente falando, estamos de fato programando a nossa viagem! Enfim!!! O blog, neste exato momento, voltou a ter sentido, retomando o motivo de sua existência.  E que, enquanto vivenciamos mais esta nova etapa (que só quem passou ou está passando por isso sabe do que se trata), tentaremos, dentro das nossas capacidades, atualizá-lo frequentemente.  Teremos muitas novidades! Aliás, já as temos...

Estamos  no momento de fazer a lista de providências, reorganizar rotina, colher informações.  Breve, mais notícias para todos!! Consulta médica já marcada!!!

Yuppi! Nunca me senti tão animada para vivenciar um inverno de - 30 C (oi???)

Inté!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

TIRANDO O PÉ DO FREIO (OU - E A VIDA CONTINUA)


Pois é.  Criei este blog para aplacar a ansiedade de um processo infindável.  Para dar notícias à família que, juntamente com a gente, vive essa espera.  Para também contar sobre outras providências, dividir com pessoas que estão passando pelo mesmo que nós, em etapas mais adiantadas ou ainda no ínicio desta caminhada.  Para também conhecer gente, dividir experiência...

Na verdade, acho que foi ilusão achar que seria fácil (ou, ao menos, mais fácil do que está sendo).  Foi excesso de otimismo pensar que esta segunda etapa (da espera dos exames médicos) seria rápido. Fazem 11 meses (isso mesmo, 11 meses) que recebemos o ok do governo canadense de que nosso processo tinha sido deferido.  E, com isso, temos 11 meses de espera pelo pedido de exames médicos...

UFA! Uma eternidade.  Neste meio tempo vendemos carro, entregamos casa, nos mudamos para a casa de meus pais, que estavam em Portugal, com previsão de voltar no segundo semestre deste ano.  Neste tempo deixamos toda a nossa vida (e de duas crianças) em ‘stand by’.  Tudo ficou para o Canadá, para quando chegássemos e recomeçássemos a nossa vida.  Menino que não entra na escola, para não precisar passar por dois sofridos processos de adaptação.  Menino que não ganha roupa, brinquedo, quarto, presentes, para não ter que deixar tudo para trás.

E, cá estamos nós, já na segunda metade do ano! Meus pais voltam no final do mês.  Estamos na casa (e no quarto) deles.  Sim, continuamos sem teto.  Mas compramos um carro.  E Tom, aos dois anos, entra na escola, e Théo, aos quase sete, planeja o segundo semestre na sua escola e com seus amigos.  Embora estejamos na sala de espera de um aeroporto, precisamos viver e dar continuidade às nossas vidas.  E isso tem sido o mais difícil!!

Como será de agora em diante??  Às vezes tenho a sensação de viver igual a animal, sem projetar o futuro.  Mas, para aplacar um pouco a angústia, tenho tentado fazer planejamento de curto prazo, de pelo menos 90 dias.  E os próximos, infelizmente, estarei por aqui!
E a vida continua!