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quarta-feira, 20 de março de 2013

Calgary é o melhor lugar para se viver no Canadá em 2013


Calgary ranked top Canadian city in which to live

Hoje foi divulgado que Calgary foi eleita a melhor cidade para se viver e para criar filhos no Canadá em 2013. A matéria com o título "Calgary ranked top Canadian city in which to live" informa que a cidade foi avaliada junto com outras 200 em todo o Canadá.
 
Segundo a MoneySense magazine, a avaliação levou em consideração uma série de fatores que pudessem expressar, o que a revista de chamou de "qualidade de vida global". Entre eles estavam:
  • Emprego e renda - Ainda segundo a revista, a satisfação da maioria das pessoas em uma cidade é maior quando se têm emprego e altos salários e além possibilidade de se obter um novo emprego, se assim o desejarem; 
  • Habitação - Foi dada altas pontuações para as cidades onde os preços dos imóveis são acessíveis quando comparados com os salários locais. O tempo para se adquirir seu imóvel também foi considerado; 
  • Clima - A quatidade de dias de sol, sem precipitação e com temperaturas acima de zero;
  • Criminalidade - E crimiladidade aqui é piada comparado aos índices registrados no Brasil;
  • Assistência Médica - Foi observado o acesso a bons hospitais e o números de profissionais de saúde com relação a população; 
  • Atividades culturais e esportivas - A participação em atividades culturais acrescenta riqueza para as nossas vidas, portanto, a revista considerou esta questão dando pontos para comunidades com elevado número de pessoas que trabalham nas artes ou esportes. Também foram consideradas questões como número de salas de cinemas e teatros - proporcional à população;
  • Acesso a aeroporto; 
  • Impostos - Há diferença na carga tributária de cada provincia e, todo brasileiro sabe muito bem o quanto os impostos impactam na orçamento pessoal e, consequentemente, na qualidade de vida.
Se quiser saber de todos os fatores envolvidos na avaliação ou saber mais sobre o assunto, leia direto no site da revista.

Vejam abaixo alguns rankings que foram divulgados pela MoneySense:
 
As Top 10 para se viver entre as grandes cidades
  1. Calgary;
  2. Ottawa;
  3. Edmonton;
  4. London;
  5. Winnipeg;
  6. Halifax;
  7. Toronto;
  8. Mississauga;
  9. Québec;
  10. Vancouver.
 As Top 10 para se criar filhos
  1. Calgary;
  2. Blainville;
  3. St. Albert;
  4. Strathcona Country;
  5. Lévis;
  6. Boucherville;
  7. Terrebonne;
  8. Repentigny;
  9. Gatineau;
  10. Lacombe.
 As Top 10 para novos imigrantes
  1. Burlington;
  2. Vaughan;
  3. Calgary;
  4. Richmond Hill;
  5. Toronto;
  6. Oakville;
  7. West Vancouver;
  8. Saanich;
  9. Markham;
  10. Vancouver.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Dois meses de Canadá

Pois é! Hoje fazem, exatos, dois meses que chegamos aqui e o saldo é muito positivo. Nestes dois meses já conseguimos:

  • Alugamos casa como queríamos - três quartos, 2 1/2 banheiros, excelente localização, bem espaçosa, garagem coberta com porta direto para dentro de casa - faz uma diferença enorme neste inverno daqui, ainda mais quando se tem crianças - e dentro do budget fechado no Brasil;
DODGE CARAVAN
  • Compramos nosso carro, também como queríamos. Uma van de 7 lugares bem espaçosa e confortável. Tudo bem que somos quatro, mas esperamos sempre ter visitas de amigos e parentes. Além do mais, espaço no carro quando se tem criança nunca é demais, rs;
  • Montamos nossa casa toda! Movéis, eletrodomésticos, utensílios e acessórios de cozinha, roupa de cama, mesa e banho e tudo mais que vocês possam imaginar, já que não trouxemos praticamente nada do Brasil;
  • Abrimos conta em banco local - Scotiabank.  Na verdade, já tínhamos uma conta no HSBC daqui desde o ano passado - abrimos ainda no Brasil - mas passamos um "perrengue danado" com else ao trazer dinheiro para cá, por isso resolvemos ter conta em outro banco. Além do mais, precisamos fazer nosso histórico financeiro aqui então resolvemos movimentar duas contas em bancos distintos até sabermos, exatamente, qual nos oferece melhores serviços/condições;
  • Fizemos e já recebemos os cartões de crédito dos dois bancos com bandeiras de administradoras distantas. Apesar de termos aberto a conta no HSBC no ano passado, o cartão de crédito só poderia ser enviado para nosso endereço canadense que, evidentemente, não tínhamos. Importante observar que no Scotiabank, conseguimos ampliar o limite mínimo inicial multiplicando por cinco fazendo um depósito que fica bloqueado até a administradora perceber que somos bons pagadores - de seis meses a um ano - e no HSBC conseguimos transferir nosso histórico de crédito, então nosso cartão já veio com um limite bem razoável;
  • Fizemos quase todos os documentos que precisavamos e já estamos com o cartão do SIN number (espécie de CPF), com o cartão do PR (Permanent Residence) e cartão do sistema de saúde (Alberta Personal Health Card) de toda a família. Falta apenas as drivers licenses, mas para quem acompanha o blog sabe que já estão sendo providenciadas;



  • Os meninos devidamente registrados e frequentando escola. Théo está na West Dalhousie  School e Tom esta na Edgemont Childcare Center e ambos gostando mais a cada dia;
  • Todos já estamos cadastrados e usando a biblioteca, que é fantástica!
  • Já nos filiamos no centro comunitário de nosso bairro - Dalhousie - e Théo já está matriculado para a temporada de futebol, ou melhor, de soccer, rs;
  • Tudo encaminhado para que eu comece o curso de inglês patrocinado pelo governo no inicio de abril. Tenho me virado bem, mas preciso evoluir logo meu inglês já que quero começar a procurar um start job em minha área no segundo semestre deste ano. Por enquanto, estou trabalhando para o Brasil, conduzindo alguns projetos que não puderam ser encerrados no fim do ano passado;
  • Ju já esteve com alguns mentalships e com isso melhorou na elaboração do seu currículo para o que eles querem aqui. Já esta fazendo entrevistas e penso que até o final deste mês deve estar trabalhando;
Claro que durante estes dois meses tiveram as "crises de humor" de todos nós, as reclamações quanto ao frio - putz! como é frio... - e a saudade de todos que deixamos no Brasil que, vez ou outra, aperta o nosso peito. Entretanto, nem por um segundo, pensamos que não queríamos estar aqui. 

Certamente esta foi a escolha mais díficil que já fizemos na vida, mas a cada dia que passa fica evidente que fizemos a escolha certa.


sexta-feira, 15 de março de 2013

Drives License - Part 1


Comecei a estudar para tirar minha carteira de habilitação aqui de Alberta há uns 15 dias. Baixei o livro por aqui http://transportation.alberta.ca/content/docType45/Production/DriversGuideFINALWeb.pdf.
O processo é feito em duas etapas: 
1) Você tem que passar em uma prova teórica, tal como acontece no Brasil; 
2) Você tem que passar no Road Test.

Fiz ontem minha primeira etapa. O teste é feito em uma espécie de cartório. São 30 questões de múltipla escollha e você tem que acertar 25. A medida que você vai respondendo, o sistema vai corrigindo sua resposta - questão a questão -  deixando sempre visível seu score acumulado e a quantidade de questões que falta responder. Além disto, ele lhe permite pular a questão que você está em dúvida para fazer no final. Essa foi minha estratégia! Respondi 22 questões e acertei todas, deixando 8 que estava com alguma dúvida - seja de compreensão mesmo, seja de saber qual a resposta - para o final. Com isso, já sabia que das 8 que faltava bastava acertar apenas mais 3. Acertei as duas primeiras e errei a terceira. O pior, é que errei meio que sabendo que ia errar. Sabe quando você acha que uma coisa é certa, mas você acha que está errado? Pois é, foi o caso! Na correção o sistema mostrou que a questão que achava que era a certa era, de fato, a certa, rs. Bom... "sem problemas! Só preciso acertar mais uma de cinco" (pensei), apesar das cinco questões serem questões que não estava seguro. Acertei a quarta e, imediatamente, o sistema lhe parabeniza e solicita que você chame atendente. 

Na sequência, você faz lá mesmo o teste de vista e tira sua foto digital - tudo com a pessoa que lhe atendeu desde o ínicio. Sem problemas! Dirijo-me  novamente para o guichê com ela e entrego toda a documentação solicitada: comprovante de endereço, dois documentos de identificação para tirarem cópias (neste caso foi o meu PR e o meu Alberta Person Health Card), a original da minha carteira de habilitação do Brasil com a respectiva tradução. Depois disto, assino um documento que os autorizo a consultarem e meio que transferirem meu histórico de direção do Brasil para cá - Este processo dura, pelo menos, duas semanas. Isso é importantíssimo para que eu tenha o tipo de carteira full - sem qualquer restrição. 

Uma consequência não muito boa disto é que, quando assino o tal documento, eu também declino da minha carteira de habilitação do Brasil. Eles ficam com ela e não me devolvem mais, já que é ilegal você portar duas carteiras de habilitação. Isso acontece, por que após o teste teórico eu já saio com uma carteria de habilitação temporária de aprendiz - São três tipos de habilitação: Stage 1 - Leaner; Stage 2 - GDL (Graduated Driver Licensing) Probationary; Stage 3 - Full, non GDL - que me permite dirigir por aqui sob supervisão de uma pessoa habilitado full, no caso, Juliana (pelo menos até a carteira dela do Brasil ter validade, ou seja, 20/04) com algumas restrições de horário. .

Assim que eles tiverem o retorno sobre o meu histórico no Brasil, entram em contato e marcamos o teste de rua. Outra pedreira! Todo mundo que conheci aqui em Calgary, perdeu pelo menos uma vez. Espero passar direto, caso contrário, provavelmente teremos que deixar o carro na garagem.

Bom, mas isso eu conto depois.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Vídeos destas últimas semanas

Our 1st Snowstorm


A caminho da escola de Théo




Notícias de um dia frio


Mais um dia de frio

A gente nem se dá conta de como o tempo passa.  Amanhã faz um mês desde a última atualização do blog e tanta coisa aconteceu que não dá nem para contar.  Os meninos chegaram do Brasil com meus pais.  Estes já foram embora, antecipando em duas semanas a partida.  Crianças em escola e creche.  Mamãe começando a procurar emprego e marido aguardando o curso de inglês full time para o qual foi indicado pelo governo canadense (e de graça, yupii!!).

Hoje, pela primeira vez, me sobrou um pouco de tempo antes de levar os meninos para a escola.  Precisamos sempre de um tempo extra para colocar casaco, meias, luvas e botas, em si mesmo e nas crianças, ainda totalmente desacostumadas a se vestirem que nem cebola.  Mas hoje, por incrível que possa parecer, Théo ficou navegando em seu computador, Tom assistindo Dora e eu matando o tempo.  Isso significa, a meu ver, que com o tempo, ao que parece, tudo vai ficando menos difícil.  Assim espero.

Deixando Théo na escola. Como sempre, não quer tirar foto
As coisas aqui estão bem.  Já temos o que se pode falar uma rotina que, por enquanto (que o inverno insiste em deixar quase que exclusivamente indoors). Os meninos não dão mais trabalho para ir pra escola.  Théo gosta, chega animado e vai para a sala sem nenhum problema. Às vezes, apenas em dias de muito frio como hoje, se amarra para sair do carro e ficar os longos cinco ou dez minutos 'brincando' na área externa da escola, até bater o sino e todos entrarem. Para desespero da mãe tropical aqui, me disse que brinca na neve todos os dias no intervalo.  Sempre penso na tal da gripe, e no que minha avó falava que 'menino não pode ficar molhado senão pega uma pneumonia'.  Afinal, a neve derrete e deixa a perna do pequeno toda molhada, né?  Claro que eles levam roupa própria para esses momentos.  Mas o meu filho, teimoso que é, não vai se dar ao trabalho de vestir aquele macacão de nylon antes de sair.

Na hora do intervalo Théo tem acompanhamento com a professora de ESL (english as a second language), juntamente com um amigo chinês (que ele diz, todo orgulhoso, MEU AMIGO) e que teima em não lembrar o nome.  São muitos estrangeiros.  A própria professora de ESL, que pelo nome árabe, (Mrs. Visham), não é canadense.  A vice diretora é grega.  Todos devidamente incluídos na sociedade, aceitos e parte deste país multicultural.

Ele já está bem mais confortável com o idioma e, para minha surpresa, diz que já consegue entender o que as pessoas falam.  Tá no momento de completo input.  A produção em inglês, acredito, demore mais uns dois meses. Embora ainda não se comunique no inglês, adora pegar palavras que já conhece e montar frases estilo Juruna (sem verbo).  tipo: dad, can I apple please? or can I banana please? É de morrer de rir! Perguntou esses dias o que era welcome - se significava 'de nada', pois quando ele diz thank you respondem: you are welcome.

Tom chegando no daycare.
Tom anda uma figuraça como sempre.  Tirando a adaptação na creche, que está um pouco difícil, tem se  comportado bem.  Andou dando trabalho para dormir no quarto dele, querendo ficar o mais grudado possível  com nós dois, mas já melhorou. Dizia muito, mais de duas vezes por semana, que 'papai e mamãe iam viajar e ele ia ficar com vovó'.  Ainda tá com a lembrança das três semanas que ficou sem a gente bastante nítida, e isso é de cortar o coração.  Já disse algumas vezes que agora ele só vai viajar de avião com a gente e, ao menos por um tempo, isso parece tranquilizá-lo. 

Ainda estou sem trabalhar, e sem nenhuma possibilidade concreta para curto prazo.  Mandando currículos, fuçando sites, participando de workshops.  Mas, ao que parece, a forma mais efetiva é por indicação de amigos empregados.  Como meu network não é tão extenso assim, tenho que me virar como posso, confiando, também, na sorte e no meu anjo da guarda.  Estive fazendo walk-ins (visita sem marcar horário) em umas agências de emprego e, de uma delas, ouvi da profissional que a tal da experiência canadense, ainda que seja como voluntariado, é imprescindível para quem está contratando.  Caso contrário, tudo fica bem mais difícil.  Pensando pelo viés do empregador, é super compreensível.  Afinal, ainda não sou ninguém aqui, não tenho uma referência, ninguém me conhece.  Mas pensando pelo meu prisma, o que eu faço meu Deus???

Estou atirando para todos os lados.  Amanhã tenho um horário marcado com uma pessoa do governo que, ao que parece, tem como função ajudar os imigrantes a se reinserirem na sociedade.  Se eu fico um pouco ansiosa e apressada, por outro lado penso que talvez eu não seja a maior interessada em um emprego. Nós, imigrantes, custamos muito para o país, com os benefícios e tal, sem falar com o fato de que não pagamos impostos ou produzimos renda quando parados.  Então, para o Canadá é melhor nos ver trabalhando, não?  Depois desse appointment, dependendo do rumo das coisas, talvez considere a possibilidade de procurar um emprego meio período em rede de supermercado ou restaurante fast food, que estão sempre contratando.  Os 'survivals jobs' são menos exigentes.

Por ora é só.  Tirando o frio (hoje de -9 C e da neve que se acumula na minha porta de entrada) a adaptação está bem melhor do que eu pensava.  So far so good.