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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

NO CANADÁ TAMBÉM TEM ENROLATION (E UMA BRASILEIRA BARRAQUEIRA)

Esse post é apenas para mostrar pra todo mundo (e pra mim principamente, que vinha, até então, deslumbrada com o nível de organização do país e da honestidade de seu povo) que aqui também tem defeitos.  Yep.  Pessoas sabidinhas e que querem te passar pra trás, ao que parece, tem em todo e qualquer lugar.  O pior disso tudo é que acabamos ficando com um certo preconceito com toda uma nação, com outras pessoas da mesma nacionalidade ou região do globo que nada tem como o ocorrido.  Me explico. 

No último post falei da arrumação da casa, das compras, das lojas, toda orgulhosa de mim mesma (e do maridão) do nosso produto final.  Não coloquei foto do quarto de visitas simplesmente porque este ainda está sem cama.  Era essa a nossa última aquisição (até as garage sales, que geralmente ocorrem por aqui no final de março, início de abril, junto com a primavera). Estávamos com relativa pressa, já que meus pais estarão chegando no dia 12 de fevereiro com as crianças.  Olhamos algumas lojas, pesquisamos preços.  Vimos no tal do Kijiji algumas lojas menores que vendem móveis a preços relativamente mais baratos e lá fomos nós.  Era uma loja de produtos bastante caros, a meu ver, de madeira maciça, e de muito mal gosto.  Poltronas enormes, com cabeceira de madeira rebuscada, almofadas douradas e coloridas, conjuntos de sofá gigantescos que pareciam saídos de palácios indianos.  A única cama basica, lisa, discreta nós compramos.  O vendedor,  na última quinta-feira, nos garantiu que poderíamos passar pra pegar nesta terça (depois dele ter dito que tinha em estoque, mas tudo bem).

Voltamos na terça no depósito para buscar nosso bendito móvel (porque a entrega nos custaria 70 dólares) e o funcionário, com o inglês mais macarrônico possível ,disse que não tinha chegado, sugerindo que voltássemos em uma semana.  Resultado: disse que ia levar naquele dia de qualquer jeito, já que o único motivo de eu ter comprado a cama era o prazo pequeno para pegá-lo, que nos tinha sido garantido a chegada na terça-feira, que me confirmaram que eu não precisava nem ligar, que isso, que aquilo.  Disse ainda que não poderia esperar mais, já que eu teria visitas vindo do Brasil chegando no sábado, e que só sairia de lá com minha cama.

O rapaz ligou para alguém que deveria ser o dono da loja, que imediatamente foi até lá onde estavámos (e que era um outro endereço).  Voltou a dizer que foi problema com o frete, que o navio não tinha chegado e que não tinha mais o produto ali.  Quando me viu, por fim, irredutível, foi lá dentro e, sem dar qualquer outra explicação, me entrega uma caixa  falando que ali estava a cama.

Me senti toda orgulhosa de ter lutado pelos meus direitos mas, infelizmente, o problema apenas tinha começado.  Chegando em casa, maridão foi logo falando que a caixa já tinha sido aberta, pois estava com fita por todos os lados.  Enfim, a conclusão que chegamos foi que alguém devolveu pelo mesmo motivo que a gente queria fazê-lo: estava faltando peças!!! Impossivel o uso.  Precisei fazer duas ligações naquele dia (a loja já estava fechando, eram 18:30 h), com a promessa de resolverem na primeira hora do dia.  Liguei mais quatro vezes no dia seguinte e falei com três pessoas diferentes, repetindo novamente a estória e sendo, novamente, solicitada a aguardar uma ligação.

NINGUÉM ME LIGOU!!! Cada um dizia uma coisa diferente, mas era sempre a desculpa do navio que chegaria no sábado (e sabe-se-lá Deus se eu teria a minha tão sonhada caminha depois disso!!!).  O indivíduo do outro lado da linha, nesta altura, quando eu falava alto dizendo estar muito puta da vida com a situação e o mal estar causado me dizia apenas que eu não poderia fazer nada a não ser aguardar e que não teria o meu dinheiro de volta. PUTZ!!!  XINGAR EM OUTRO IDIOMA QUE NÃO O SEU É HORRÍVEL!!!

CADÊ O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, FOR GOD'S SAKE?? Senti saudades do meu país, eu juro.  Nessa situação saberia exatamente o que fazer, conseguiria invocar artigos de lei e ameaçaria abrir uma reclamação no PROCON.  Ou seja: a chata de plantão.  Mas aqui??? O que é que me protege? Foi possível retornar um abajur ao IKEA, sem qualquer burocracia, pelo simples motivo de termos quebrado tentando montar e não posso devolver uma cama faltando peças???

Acho que enchi tanto o saco do cara que ele ficou doido para se livrar de mim (e eu dele) que, por fim, me disse: ok, pode trazer o móvel de volta que devolvemos seu dinheiro.  Maridão tinha dito que ele que viesse buscar mas, como tínhamos certeza de que isso seria inócuo, em 20 minutos entramos pela segunda e última vez lá.  Trinta minutos depois já compramos outra cama e, finally, tenho a tranquilidade de não colocar um casal de senhores dormindo no chão frio.

E, depois disso, estou com as barbas de molho.  Voltei a ser brasileira.  Confio desconfiando e sempre achando que o outro quer bancar o espertinho comigo.  Fazer o quê? Foram mais de três décadas vivendo assim, sendo suficiente uma má experiência reativar comportamentos antigos!! E, antes que me esqueça, a loja é essa daí:    
Kijiji: Queen Bed $165, Queen Mattress $199, 3Pcs Sofa set $899 & more


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A CHEGADA E O ALUGUEL: PERAMBULANDO POR AÍ


Isso aqui já serve, de antemão, para quem está vindo e tem olhado os sites maravilhosos como o Kijiji  e o Rentfaster.  Sempre que tinha tempo, quando estava no Brasil, dava uma fuçada na internet, principalmente neste último, e ficava namorando cada casa que via.  Olhava as distâncias dos centros comerciais, supermercados, transporte público, olhava a metragem (e convertia de pés quadrados para metros) e me via morando em cada uma delas. Mas não.  Nada disso funciona.  Mandei v-á-r-i-a-s mensagens.  Não recebi qualquer retorno.  Ou melhor, uma alma caridosa me retornou dizendo que já tinha alugado (pelo nome era chinês ou algo parecido) e me desejou boas vindas.  Lindo.  Mas não funcionou, pois a tão sonhada casa só pôde ser vista ou mapeada por aqui.
A província de Alberta é o irmão rico do Canadá.  As pessoas estão vivendo uma espécie de euforia coletiva, achando que as oportunidades de emprego estão por aqui, que a vida aqui é melhor, blá blá blá.  Mas isso significa que tem havido uma espécie de migração interna pra cá, e que, com isso, as ofertas de casa para alugar estão escassas para a quantidade de gente que está procurando.  Eu, ansiosa do jeito que sou, cada casa que via queria ficar, com medo de me tornar uma sem teto.  GENTÉM, pasmem.  Para quem ainda não está aqui, isso causa estranhamento, mas quem escolhe o inquilino é o proprietário.  Ele marca horários pertos para cada potencial inquilino e mostra a casa.  Encontrar outras pessoas interessadas no mesmo imóvel que você, preenchendo a ficha de ‘proposta’, dando referências e informando o salário anual é desesperador.  Não temos renda, não temos (quase) nenhuma referência (MUITO OBRIGADA Patrícia, Vanessa e Michelle).  Resultado: eu retornava algumas ligações após a visita, para mostrar meu interesse e... “muito obrigada, mas já aluguei”.
Marido é muito mais tranquilo do que eu e sempre achou que a nossa ia chegar.  Eu não via muitas opções de casa, pois todas tinham um porém (apenas um banheiro, piso de carpete, longe do ponto de ônibus, pequena, velha...) mas estava no ponto de querer a que me quisesse.  PORQUE CASA AQUI ALUGA MUITO RÁPIDO, GENTE!! Para resumir a estória, conseguimos uma (p-e-r-f-e-i-t-a) uma semana depois de chegarmos.  O proprietário é um fofo, super honesto com a gente, me escolheu duas horas depois de termos visitado a propriedade, me ligou ainda na hora do almoço (estivemos olhando a casa 11 da matina) dizendo: Juliana, a casa é sua (êêê).  Ainda brincou comigo falando que eu deveria pagar aos meus amigos por eles terem dado tão boas referências minhas.  Galera, eles checam mesmo.  Ainda que seus amigos sejam imigrantes, brazucas como você, isso não faz tanta diferença.  Estando no Canadá há algum tempo, sendo pessoas direitas (ou, ao menos, aparentemente direitas, haha), não rola o preconceito.  Nessa cidade que vivo Canadian é coisa rara, igual a passarinho no inverno.
Alguns comentários, porém.  Tati, casa mobiliada não existe praticamente.  Você vai ter que alugar uma casa purinha como a nossa (todas tem geladeira, lava louça e laundry), ir no IKEA, no kijiji e mobiliar.  Tudo estilo faça você mesmo.  Como viemos sem meninos, pensando no perrengue inicial, foi menos difícil.  Afinal, o frio é muito. Descobri, quando cheguei, que ninguém muda no inverno.  Mas um motivo para a escassez de imóveis, já que os alugueis são feitos, geralmente, por um período de um ano.  Mas, cara, foi uma semana saindo de oito da matina até sete da noite comprando, pesquisando, comparando.  Dormindo meia noite com regra, apertando parafuso, montando móveis.  O programado era deixar tudo prontinho uns cinco dias antes dos pimpolhos chegarem para, a partir daí, podermos pesquisar as escolas.
O carro também ajudou.  Tudo, tudinho mesmo, entrou na nossa Caravan.  Tudo foi carregado por maridão e por mim.  Mesa, cama, colchão, sofá.  Não é fácil.  É um verdadeiro trabalho de equipe, viu?  Para quem está vindo e tem filhos maiores (acima de 12 anos), o problema é menos pior.  Possível deixar as crianças em casa, no homestay ou no hotel que ficarem, para rodar por aí.  No nosso caso, com Tom, de 2,5 anos, era impossível.  Além disso, se colocássemos as crianças no carro não caberiam os móveis.  Resumindo: foi o melhor para todos!
Outra coisa que aprendemos.  A galera aqui é muito honesta.  Compramos alguns (poucos) móveis usados, negociado pela internet, no kijiji.  Se te falarem que está em bom estado de conservação, acreditem. A cama  das crianças, por exemplo, que íamos comprar no IKEA, acabei achando usado, de uma família de imigrantes do Cazaquistão, pagando menos da metade do preço.  Ele me disse que ela estava, em termos de aparência, 6/10.  Mas me mandou fotos e o resultado é essa beleza daí: na minha concepção, 9,5/10.  Quase perfeito!!
Também não vimos nenhuma casa porcaria.  Ninguém nos mostrou nada inabitável.  Em todas que vi eu moraria, sem problemas.  O estado de conservação de todas elas me surpreendeu.  Claro que tem uma questão de gosto também, e isso, sim, fazia diferença.  Papel de parede extravagante em cozinha, armários de mal gosto, cor do carpete.  Mas, como disse antes, sempre gostava da última que estava visitando e, por mim, escolhia sempre qualquer delas. Last but not least.  Quase todos os imóveis por nós visitados eram de chineses.  Fazer negócio com eles é infinitamente mais difícil.  Me pareceu que eles tinham mais preconceitos conosco, recém chegados, do que os canadenses.  Chegamos até mesmo a oferecer três meses de caução (quando o padrão é apenas um), para tirar a cara amarrada de uma das proprietárias, do tipo ‘hum, vocês não têm emprego? ...Além disso, outra coisa que nos impressionou, e que não é incomum por aqui.  Os proprietários podem ter acesso a alguns espaços da casa, desde que estipulado em contrato.  Cara!!! Tem uma galera que tem muita tralha!! Tanta mesmo que usam a garagem para acumular tranqueira, estacionando o carro, em pleno inverno, do lado de fora.  Ou tem um basement lotado de tudo que você possa imaginar, e te aluga a casa sem o porão, ou sem a garagem.  Tivemos a proposta, de uma casa bacana, até, de dividirmos a garagem com a proprietária, que ia se mudar de cidade mas queria deixar um carro velho e uns apetrechos de um restaurante chinês que possuía guardado.  Isso depois de muito insistirmos de que sem a garagem não alugaríamos, pois não iria deixar o carro ‘tomando frio’ na frente de casa, como ela sugeriu.
Então, povo, é isso.  Também fizemos exigências, também colocamos os limites do que flexibilizaríamos ou não.  E deu certo.  Agora, para alugar uma casa, não dá pra pensar muito.  Os trâmites são rápidos mesmo.   Gostou, faça a proposta.  Caso contrário, outro vem e fica com ela.  Como os aluguéis são por um prazo mais curto do que no Brasil, principalmente porque depois de um ano, já estabilizados, muitos imigrantes já compram a sua própria (já que basta 5% do valor desta para dar de entrada, com juros praticamente em 0%), você se mudará mais cedo ou mais tarde, anyway, não precisa esperar.  Deixa para pensar a longo prazo quando você estiver adquirindo o seu lar.  E, boa notícia para todos nós: o preço dos imóveis residenciais, no Canadá, está caindo em torno de 20% (e continuará baixo nos próximos anos!!!).

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

TIRANDO O MOFO DO BLOG: NOTÍCIAS E DICAS CANADENSES

Depois de 15 dias em solo canadense, com internet e televisão (e cama e teto pra morar) eis que eu finalmente consigo algumas horas embaixo do edredon para escrever.  Esses dias foram bastante atribulados.  Fora toda a questão de documento (são muitos, pois recomeçar a vida não é fácil, né?), tivemos que comprar carro para começar a reiniciar a vida.  Para quem pensa em vir para Calgary, para morar ou a passeio, fica um alerta: sem carro não dá! A cidade é e-nor-me! Não de números de habitantes, pois tem menos da metade de nossa querida Salvador, mas de extensão.  Segundo o vendedor de carros da concessionária, é a segunda maior da América do Norte.  Não sei se a informação é verídica, mas de um quadrante a outro da cidade percorremos, facilmente, 25 a 30 kilômetros.  Além disso, não é tão bem servida de transporte público como outros centros (Vancouver, Toronto), tendo apenas duas linhas de metrô de superfície que corta a cidade ao meio e se encontra em downtown.  Mas, mais uma vez, para quem veio das grandes metrópoles brasileiras, o referencial é outro.  Incomparável, organizado, pontual, integrado com as linhas de ônibus.  Mas estamos no inverno, dias de – 22 C, longas distâncias para percorrer, uma casa para mobiliar.  Como tudo aqui é estilo faça você mesmo (e cada móvel para entregar custa cerca de 70 dólares),um carro (grande) foi mesmo prioridade.  Enfim, tudo resolvido.  Mas vamos por partes.
Para os que estão de mudança para o Canadá, ai vão as primeiras dicas. 
1) NÃO ABRA SUA CONTA NO HSBC!!! Melhor opção é vir com dinheiro (ou travel check) e abrir, tão logo chegue por aqui, uma conta em banco local.  Elegemos o Scotia Bank, pois não tem qualquer burocracia com os newcomers, te oferecem serviço de qualidade (so far so good) e, ainda por cima, cartão de crédito sem anuidade e custo zero de serviços bancários durante o seu primeiro ano.  Pedimos o aumento do limite do cartão de crédito (bandeira visa) e foi atendido de imediato.  Tudo que precisamos foi deixar o valor do limite que excedeu ao autorizado inicialmente ($ 3000 dólares) bloqueado.  Sei que isso é chato, mas aprendi no primeiro dia de vida canadense que sem crédito você não é ninguém. 
 Como tínhamos transferido (tentado, na verdade, pois passamos mais de uma semana aqui sem dinheiro pelo mesmo não ter chegado pelo HSBC), demoramos para abrir a conta do SB e, mais ainda, de fazer o cartão de crédito.  Resultado: a menos que estejam dispostos a pagar 6% de IOF no uso do seu cartão brasileiro, o melhor mesmo é pagar tudo a vista, cash.  Uma pena, claro.  Mais difícil de administrar o dinheiro, menos operações para contar no seu histórico de crédito canadense, menos milhas.  Em suma, banco local e cartão de crédito são prioridades número um!
 2) Fazer carteira de habilitação internacional.  Gente, para quem pretende comprar um carro aqui no Canadá, o seguro de carro é obrigatório.  Não se tira um veículo de uma loja se ele não estiver segurado.  E o seu preço varia não apenas de acordo com o modelo do carro e o ano, mas pela quantidade de motoristas e, o que é pior, pelo seu histórico enquanto tal.  Mais uma vez, como recém chegado, não temos nada que comprove que não somos assassinos no trânsito.  Então o resultado é: seu seguro vai para as alturas.  A menos que tenham uma carta da sua seguradora no Brasil, ou a carteira de habilitação internacional, vai pagar muito.  Pelo menos o dobro do que lhe custaria.  Consegui um preço ótimo pelo seguro do carro, depois de muito pesquisar (porque a maioria vai lhe pedir uma carteira de motorista da província de Alberta, que pode ser tirada até 90 dias após o landing), que, ainda por cima, tem preços especiais a depender da sua categoria profissional (10% para advogados) mas, na hora de fechar o contrato, não tinha a bendita carteira internacional.  Me ferrei!! Só me restou estudar assim que der para aplicar para a carteira provincial, na esperança de pagar menos nisso...
 3) muito cuidado com o tamanho (e peso) das suas malas antes de sair do Brasil.  Voamos pela AIR CANADA, com o trecho Salvador – Guarulhos pela TAM.  Super recomendo tudo, o serviço ótimo, o voo tranquilo.  Mas tivemos problemas, ilógicos a meu ver, no embarque das nossas caixas.  Compramos caixas exatamente do tamanho permitido para o embarque, na tentativa de melhor aproveitamento do limite.  Tudo ok até aí.  Pesamos em balança doméstica, o que já deu, em todas as quatro caixas, uma diferença de quatro quilos em cada uma.  Além disso, optamos por pagar excesso mesmo em uma delas, que não estava com os 32 quilos permitidos, mas com 38.  Refazer nos custaria mais do que pagar os seis quilos extras.  Afinal, teria que abrir as demais, que já estavam lacradas, para redistribuir o peso.   
SURPRESA!!! Nesta mala tivemos 10 quilos de excesso.  Em todas as outras, 4.  Mas o pior foi o seguinte: quando falamos que pagaríamos todo o excesso, a topeira do check in da Tam disse que a companhia aérea cobrava não pela quantidade de quilos a mais em cada mala, mas por peça.  Isso significa que teríamos que transformar as quatro peças em cinco.  Como fazer isso??? Perguntamos a ela e informamos da impossibilidade de cumprirmos com o sugerido, já que ninguém leva uma mala reserva vazia para o saguão do aeroporto, né? E informamos, por fim, que pagaríamos uma peça a mais, ainda sem transportá-la.  É claro que não foi aceito, pois isso poderia dar problemas para a companhia, uma vez que eles estariam atestando que viajei com cinco volumes, enquanto eu chegaria no destino com apenas quatro.  SURREAL!!
Muitos minutos depois, após conversa com o superior muita adrenalina, fomos liberados, tendo o funcionário ‘atestado’ que viajávamos com malas de 32 quilos cada.  Tudo bem que trouxemos vinte quilos a mais do que o permitido,o que, para quem tá de mudança de país, faz toda a diferença.  Mas o custo emocional disso foi alto, o que me faz registrar como uma dica de viagem.  Além de ter me causado surpresa, claro, pois de todas as informações por mim lidas, essa, com certeza, não estava na lista.  As regras mudaram ou nenhum brasileiro imigrante passou por isso??
 Por hoje é só.  O post ficou maior do que eu gostaria, e não falei um décimo do que temos de informações e notícias iniciais.  Enquanto os filhotes não chegam (e o marido trabalha todas as manhãs) vou tentando atualizar o blog com o que posso.  Prometo mais três posts essa semana (ops!!).  Me aguardem!!