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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

TIRANDO O MOFO DO BLOG: NOTÍCIAS E DICAS CANADENSES

Depois de 15 dias em solo canadense, com internet e televisão (e cama e teto pra morar) eis que eu finalmente consigo algumas horas embaixo do edredon para escrever.  Esses dias foram bastante atribulados.  Fora toda a questão de documento (são muitos, pois recomeçar a vida não é fácil, né?), tivemos que comprar carro para começar a reiniciar a vida.  Para quem pensa em vir para Calgary, para morar ou a passeio, fica um alerta: sem carro não dá! A cidade é e-nor-me! Não de números de habitantes, pois tem menos da metade de nossa querida Salvador, mas de extensão.  Segundo o vendedor de carros da concessionária, é a segunda maior da América do Norte.  Não sei se a informação é verídica, mas de um quadrante a outro da cidade percorremos, facilmente, 25 a 30 kilômetros.  Além disso, não é tão bem servida de transporte público como outros centros (Vancouver, Toronto), tendo apenas duas linhas de metrô de superfície que corta a cidade ao meio e se encontra em downtown.  Mas, mais uma vez, para quem veio das grandes metrópoles brasileiras, o referencial é outro.  Incomparável, organizado, pontual, integrado com as linhas de ônibus.  Mas estamos no inverno, dias de – 22 C, longas distâncias para percorrer, uma casa para mobiliar.  Como tudo aqui é estilo faça você mesmo (e cada móvel para entregar custa cerca de 70 dólares),um carro (grande) foi mesmo prioridade.  Enfim, tudo resolvido.  Mas vamos por partes.
Para os que estão de mudança para o Canadá, ai vão as primeiras dicas. 
1) NÃO ABRA SUA CONTA NO HSBC!!! Melhor opção é vir com dinheiro (ou travel check) e abrir, tão logo chegue por aqui, uma conta em banco local.  Elegemos o Scotia Bank, pois não tem qualquer burocracia com os newcomers, te oferecem serviço de qualidade (so far so good) e, ainda por cima, cartão de crédito sem anuidade e custo zero de serviços bancários durante o seu primeiro ano.  Pedimos o aumento do limite do cartão de crédito (bandeira visa) e foi atendido de imediato.  Tudo que precisamos foi deixar o valor do limite que excedeu ao autorizado inicialmente ($ 3000 dólares) bloqueado.  Sei que isso é chato, mas aprendi no primeiro dia de vida canadense que sem crédito você não é ninguém. 
 Como tínhamos transferido (tentado, na verdade, pois passamos mais de uma semana aqui sem dinheiro pelo mesmo não ter chegado pelo HSBC), demoramos para abrir a conta do SB e, mais ainda, de fazer o cartão de crédito.  Resultado: a menos que estejam dispostos a pagar 6% de IOF no uso do seu cartão brasileiro, o melhor mesmo é pagar tudo a vista, cash.  Uma pena, claro.  Mais difícil de administrar o dinheiro, menos operações para contar no seu histórico de crédito canadense, menos milhas.  Em suma, banco local e cartão de crédito são prioridades número um!
 2) Fazer carteira de habilitação internacional.  Gente, para quem pretende comprar um carro aqui no Canadá, o seguro de carro é obrigatório.  Não se tira um veículo de uma loja se ele não estiver segurado.  E o seu preço varia não apenas de acordo com o modelo do carro e o ano, mas pela quantidade de motoristas e, o que é pior, pelo seu histórico enquanto tal.  Mais uma vez, como recém chegado, não temos nada que comprove que não somos assassinos no trânsito.  Então o resultado é: seu seguro vai para as alturas.  A menos que tenham uma carta da sua seguradora no Brasil, ou a carteira de habilitação internacional, vai pagar muito.  Pelo menos o dobro do que lhe custaria.  Consegui um preço ótimo pelo seguro do carro, depois de muito pesquisar (porque a maioria vai lhe pedir uma carteira de motorista da província de Alberta, que pode ser tirada até 90 dias após o landing), que, ainda por cima, tem preços especiais a depender da sua categoria profissional (10% para advogados) mas, na hora de fechar o contrato, não tinha a bendita carteira internacional.  Me ferrei!! Só me restou estudar assim que der para aplicar para a carteira provincial, na esperança de pagar menos nisso...
 3) muito cuidado com o tamanho (e peso) das suas malas antes de sair do Brasil.  Voamos pela AIR CANADA, com o trecho Salvador – Guarulhos pela TAM.  Super recomendo tudo, o serviço ótimo, o voo tranquilo.  Mas tivemos problemas, ilógicos a meu ver, no embarque das nossas caixas.  Compramos caixas exatamente do tamanho permitido para o embarque, na tentativa de melhor aproveitamento do limite.  Tudo ok até aí.  Pesamos em balança doméstica, o que já deu, em todas as quatro caixas, uma diferença de quatro quilos em cada uma.  Além disso, optamos por pagar excesso mesmo em uma delas, que não estava com os 32 quilos permitidos, mas com 38.  Refazer nos custaria mais do que pagar os seis quilos extras.  Afinal, teria que abrir as demais, que já estavam lacradas, para redistribuir o peso.   
SURPRESA!!! Nesta mala tivemos 10 quilos de excesso.  Em todas as outras, 4.  Mas o pior foi o seguinte: quando falamos que pagaríamos todo o excesso, a topeira do check in da Tam disse que a companhia aérea cobrava não pela quantidade de quilos a mais em cada mala, mas por peça.  Isso significa que teríamos que transformar as quatro peças em cinco.  Como fazer isso??? Perguntamos a ela e informamos da impossibilidade de cumprirmos com o sugerido, já que ninguém leva uma mala reserva vazia para o saguão do aeroporto, né? E informamos, por fim, que pagaríamos uma peça a mais, ainda sem transportá-la.  É claro que não foi aceito, pois isso poderia dar problemas para a companhia, uma vez que eles estariam atestando que viajei com cinco volumes, enquanto eu chegaria no destino com apenas quatro.  SURREAL!!
Muitos minutos depois, após conversa com o superior muita adrenalina, fomos liberados, tendo o funcionário ‘atestado’ que viajávamos com malas de 32 quilos cada.  Tudo bem que trouxemos vinte quilos a mais do que o permitido,o que, para quem tá de mudança de país, faz toda a diferença.  Mas o custo emocional disso foi alto, o que me faz registrar como uma dica de viagem.  Além de ter me causado surpresa, claro, pois de todas as informações por mim lidas, essa, com certeza, não estava na lista.  As regras mudaram ou nenhum brasileiro imigrante passou por isso??
 Por hoje é só.  O post ficou maior do que eu gostaria, e não falei um décimo do que temos de informações e notícias iniciais.  Enquanto os filhotes não chegam (e o marido trabalha todas as manhãs) vou tentando atualizar o blog com o que posso.  Prometo mais três posts essa semana (ops!!).  Me aguardem!!

2 comentários:

  1. Ju, que maravilha ter noticias da aventura da chegada! Afff... Quanta coisa! HSBC ja esta me dando uma canseira antes de ir, acho q vou desistir antes de trasferir a grana pra lá. Please conta mais sobre como alugaram. To achando bem dificil conseguir alugar remotamente e preciso de um prazo relampago quando chegar. NW (nossa menina dos olhos) parece ser ainda mais dificil, o que vc achou?
    Grande abraço,
    Tati

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  2. Oii !!! estou conhecendo o blog hoje e amando!!
    principalmente pq pretendo ir para Calgary futuramente.
    Gostaria que publicasse mais informações da cidade.
    obrigada
    Beijo

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